segunda-feira, 5 de julho de 2010

Detalhes que não passam despercebidos

Frei Rozântimo não perdeu a compostura quando tentou explicar por que trajava roupas finas


Como todo jornalista precisa ser bastante observador em tudo o que acontece em sua volta, a ex-aluna da UNISANTA Paula Quagliato mostrou que questionar quando não se compreende, de forma ética e formal é um grande dever de um profissional de comunicação.
Era um exercício de fazer entrevista coletiva, e como convidado, uma figura religiosa muito querida na cidade: frei Rozântimo Antunes Costa. Um episódio curioso, porém, correto. Tudo corria bem, o franciscano falava sobre sua missão de fechar o Santuário do Valongo. Os alunos de jornalismo do ano de 98, estavam concentrados no que o Frei Rozântimo dizia. Até que Paula questionou o convidado sobre as roupas que vestia. Os franciscanos são desprovidos de bens materiais, por fazer voto de pobreza. Acontece, que não era isso que mostrava o frei. “Ele vestia calça da Fórum, camiseta social, estava todo engomadinho. Como uma pessoa que vive no mundo capitalista,poderia ter acesso a uma calça de grife?”, questiona. Paula confessa que foi a única a fazer a pergunta, mas depois os colegas comentaram sobre o assunto, concordando com detalhe abordado por ela.
Tentando se explicar, o franciscano disse que foi doação dos fiéis. “Ele não esperava a pergunta, porque era uma contradição com o discurso dele”,comenta . Paula disse que estava segura da pergunta e que acreditava no teor da imagem que o convidado representava. Frei Rozântimo era conhecido por ser muito vaidoso, além de ser jovem. Talvez uma explicação fosse que uma boa apresentação de sua imagem é recomendado para uma entrevista, mas o detalhe era pelo fato do religioso ser franciscano. A jornalista conta que os professores ficaram atordoados,porém, a pergunta foi sutil e delicada. “De maneira alguma quis ofendê-lo e ele também não me destratou na hora de responder”,diz.
Frei Rozântimo foi responsável pela restauração do Santuário do Valongo. Outro benefício para aquela local, foi a proibição do tráfego de caminhões pesados, pois com o peso e a má estrutura, a Estação do Valongo poderia desabar a qualquer momento. Sendo que, quando chegou à Santos em 93, sua missão era fechar a igreja , mas lutou muito para que isso não ocorresse. Muito pelo contrário, restaurou toda a área, que não estava boas condições.
Paula Qualgliato fez a matéria sobre o frei Rozântimo, que saiu no Primeira Impressão, na edição de março de 98. Antes de ingressar no jornalismo, por necessidade. Paula cursou Publicidade e Propaganda em São Paulo, na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP),mas não era aquilo que ela queria. Resolveu fazer Jornalismo. Em 96, foi a primeira apresentadora do jornal do meio-dia na TV Tribuna. Depois voltou para a TV Mar, onde ficou 7 anos. Fez campanha de João Paulo Tavares Papa, que na época era candidato à Prefeitura de Santos. Foi mestre de cerimônia na entrega das obras do Coliseu, do Aquário e das habitações na Zona Noroeste. “Foi algo recompensador principalmente na entrega de moradias à comunidades bem carentes”, afirma. Atualmente trabalha como assessora da Associação Comercial de Santos (ACS), também conhecida como a Casa do Empresário, pois as reuniões empresariais, tudo aquilo que tem como objetivo gerar crescimento para a cidade no ramo comercial, começa pela ACS.

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